quarta-feira, 13 de novembro de 2013

“O Semear da Vida”.

 

A semente é o caminho natural, que ao produzir fertilidade irá criar o sacro elemento chamado "Vida".

A Vida, se desenvolve com o adubo da alegria, da paz e dos desafios. Quando esses elementos se movem, a vida está em evolução. Respira-se e inspira-se de forma dinâmica, porém quando esses elementos encontram-se em repouso, a vida estagna sua ação de caminhar em prol do viver, o que não reflete o morrer, mas sim o deixar de fazer o que precisa ser feito.

A semente de uma roseira no início de sua vida é apenas uma semente, fertilizada e adubada com sentimentos de alegria, paz e desafios, haverá de se expandir de forma a explorar o horizonte e verticalizar sua potencialidade em busca de um espaço que lhe permita luz e que se traduza em grandeza de ser o que precisa ser, a roseira é sua composição de elementos naturais.

 A roseira frondosa desenvolve-se com o tempo e necessita de seus espinhos para proteger sua rosa. O botão da rosa é o início cíclico do desabrochar em prol de sua vida original, o seu perfume é o encanto de sua sensibilidade diante de um universo de beleza que a cercam e que produzem um perfume que será contemplado de forma exaladora e esse quando disponível na cadeia de oxigênio do universo, só os animais mais sensíveis haverão de sentir o quanto a semente se tornou VIVA.

 

 

 

 

O homem é um semeador e todas as forças do universo são semeadoras.

 

Por onde ele passa suas sementes vão sendo espalhadas, algumas irão fertilizar e desenvolver em sua presença, outras irão fertilizar em sua ausência e algumas jamais serão fertilizadas, visto terem sido semeadas em propriedades que compõem a impureza do fazer de sua alma.

 

 

A fertilidade se traduz na nobreza da vida quando o homem semeia com comprometimento do fazer, estendendo a natureza de cuidar, com afeto, de tudo o que envolve sua vontade de viver.

Ser semeador é deixar disponível aos outros sua alma e permitir o cuidar daquilo que há de melhor na morada da mesma, sendo essência lembrar que a alma é a residência da alegria, da paz e dos desafios, germinando em seu laboratório existencial a infinitude do AMOR à VIDA.

 

 

    Mauri Gaspar

Psicólogo e Professor

 

domingo, 20 de outubro de 2013

Ciclismo Como Prática Esportiva e Qualidade de Vida.


Quando decido pegar a bicicleta para passear, estou diante de um belo momento de minha vida, pois sei que meu corpo irá trabalhar de uma forma intensa e que sou responsável em produzir o movimento que de forma bem precisa irá me permitir iniciar meu passeio, e para isso terei que ter muita atenção, visto que minha percepção me ajudará na tomada de decisão objetivando fazer um exercício agradável e feliz.

 
Porém, quando o ciclismo se caracteriza como uma modalidade esportiva de ordem competitiva, preciso entender os elementos que vão determinar o ritmo de treinos e provas que serão de longas durações e percursos variados em graus de dificuldades e de intensidades. O ciclismo é considerado um esporte de grande exigência física, mental e consequentemente nutricional. Atender as necessidades energéticas e de hidratação torna-se um grande desafio à medida que a duração dos treinos ou competições aumentam, o que possibilita sempre em um melhor rendimento para o praticante desse esporte tão belo.
Assim, o consumo de bebidas esportivas garantem condições básicas para a prática do esporte como eletrólitos e carboidratos, além de evidentemente água mineral e água de coco.  Durante os exercícios os atletas podem armazenar bebidas e alimentos na bicicleta e nos bolsos da camisa (sanduíches, batata, barras energéticas, gel de carboidrato). A maioria das provas de ciclismo permitem a participação de uma equipe que transporta e abastece os ciclistas ao longo da prova com suplementos, mas durante os treinos os atletas necessitam carregá-los consigo. A reposição de líquidos e alimentos sólidos devem ser imediatos, após o término do treinamento visto o foco na atenção nutricional ser indispensável para que o ciclista possa adquirir condições fisiológica e mental para continuar exercitando seu treinamento.
Nutricionista: Franci Fontenelle

Alimentação deve ser fracionada ao longo de 24 horas ao término do treinamento. Muitos ciclistas utilizam suplementos hipercalóricos para atingir suas necessidades nutricionais e, assim, manter seu bom desempenho. Nesse sentido a orientação de um profissional de nutrição torna-se indispensável para a prática esportiva, evitando maiores riscos à saúde do praticante de ciclismo.

Aqui vale lembrar que a Ciência Nutricional constrói o alicerce para o bom desempenho físico, sendo o combustível para o trabalho biológico e as substâncias químicas para extrair e utilizar a energia potencial contida nesse combustível. O alimento proporciona também os elementos essenciais para a síntese de novos tecidos e reparo de células (McArdle, Katch e Katch, 1998).

Assim, recomenda-se que o ciclista deva iniciar seu treino ou competição com um alta reserva de glicogênio e hidratação. O praticante deve planejar sua estratégia nutricional objetivando maximizar essas reservas preferencialmente três dias antes das competições e de 2 a 3 horas pré-prova.

O treinamento é determinante para uma boa prática esportiva, no entendimento de Barbanti (1996), o treinamento físico é uma repetição sistemática de movimentos que produzem reflexos da adaptação morfológica e funcional, com o objetivo de aumentar o rendimento num determinado período.

O aumento do volume de treinamento é capaz de melhorar o desempenho, mas um excesso de volume em baixa intensidade pode causar piora do rendimento além de maior risco de desenvolver o excesso de treinamento parassimpática.

Pessoas sedentárias podem melhorar sua aptidão física com baixas intensidades de treinamento. Por outro lado, para indivíduos bem treinados, faz-se necessária a prescrição de treinos de altas intensidades. Para esse grupo específico, uma diminuição da intensidade dos treinos normalmente leva à manutenção ou piora do desempenho (Londerre, 1997).  

Práticas alimentares incorretas, apresentadas por outros atletas e sem embasamento científico, são muito comuns entre os praticantes desse esporte, e se mantidas por algum tempo, podem prejudicar o desenvolvimento saudável do ciclista.

 Os principais tipos de suplementos de carboidratos são:

1.  Bebidas isotônicas: utilizadas como repositores energéticos, como diluição adequada à osmolaridade gástricas (de 280 a 340 mOsmol/kg). Podem ser misturadas aos minerais eletrólitos (sódio, cloreto e potássio), também identificados como repositores hidroeletrolíticos e, às vezes, às vitaminas e substâncias antioxidantes e estimulantes.

2.   Barras energéticas: com alta concentração energética, são barras hipercalóricas de 250 a 480 kcal. Normalmente são consumidas fracionadas em porções, durante a execução do exercício físico de longa duração de moderada ou alta intensidade.

3.  Barras de cereais: inicialmente desenvolvidas para regimes de emagrecimentos, são hoje utilizadas como repositores rápidos de energia, apresentam em média de 80 a 160 kcal, e são apresentadas em sabores variados.

4.  Géis: normalmente oferecidos em sachês, apresentam carboidratos de diferentes tipos e eletrólitos. Devem ser consumidos com água para melhor absorção.

5.  Pó: oferecidos como glicose ou maltodextrina, podem ser eletrólitos. Deve ser ingerido diluído em água na concentração de 6 a 8% (Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, 2003).

6.  Hipercalóricos: normalmente são em pó, com mistura de diferentes tipos de carboidratos, e outras substâncias e nutrientes adicionados, apresentados em potes ou pacotes de 400g a 2 kg.

Os suplementos de carboidratos oferecidos em gel ou em barras são práticos e satisfazem o objetivo de disponibilizar para o organismo densidade energética de forma rápida antes, durante ou após o exercício físico. A absorção média é de 20 a 40 min para as barras e de 15 a 20 minutos para o gel. Porém, o esportista ou atleta pode desenvolver sede intensa. A tabela abaixo apresenta os valores nutricionais de alimentos e suplementos ricos em carboidratos.

Nome Comercial
Quantidade
Calorias
Carboidratos (g)
Proteínas (g)
Lipídios (g)
Carb Up
50g
190
48
0
0
Barra energética de Chocolate Power Bar
65 g
230
44
9
2
Bebida esportiva (Gatorade)
200ml
48
12
0
0
Endurance X
74 g
270
53
13
1
Maltodextrina – 1 kg
30 g
120
30
0
0
Glicogel
30 g
90
22
< 1
0
Dextrose – 1 kg
60 g
240
60
0
0
Design dextrose
60 g
220
54
0
0
Carb Up Gel – dose única
30 g
80
20
0
0

 

21 dicas para a prática do ciclismo responsável.
 

1.  Antes de sair para pedalar confira se sua bicicleta está em ordem. Verifique os pneus, freios e rodas. Não deixe o selim muito baixo, o joelho deve ficar levemente flexionado quando o pedal estiver na posição mais baixa.

2.  Equipamentos de segurança são essenciais. O capacete é um item mais que obrigatório. Luvas e óculos também são importantes.

3.  Use roupa própria para pedalar, de preferência com cores vivas para que você fique bastante visível aos veículos. Uma bermuda acolchoada pode evitar dores desagradáveis.

4.  À noite fique iluminado! Use pisca-pisca traseiro, farol ou sinalização refletiva.

5.  Espelho retrovisor e campainha também são importantes. Inclusive é lei (Art. 105 – VI CTB).

6.  Leve sempre consigo uma câmara de ar reserva, bomba de encher pneus, kit remendo e chaves compatíveis com sua bicicleta.

7.  Você faz parte do trânsito e tem direitos. Não deixe que os carros o forcem para o lado. Eles devem, por lei, manter uma distância de 1,5m no mínimo. Você tem direito à faixa. Mesmo assim, evite ruas movimentadas e a “disputa” com os carros.

8.  Planeje rotas secundárias com pouco movimento de veículos e siga sempre as leis de trânsito. Circule pelo lado direito da via, não muito próximo do meio fio e no mesmo sentido dos veículos. Comunique à pessoas próximas para onde vai.

9. Siga o fluxo do trânsito, jamais na contramão. Ande em linha reta. Não faça zigue-zague, e só olhe para trás quando for realmente necessário.

10. Ao atravessar a rua, desça da bicicleta e a empurre ao seu lado, observando todas as regras para pedestres.

11. Sinalize com os braços suas intenções de manobras. Faça-se bem visível.

12.  Pedale defensivamente. Perceba as intenções do motorista. Fique atento aos veículos que podem surgir de repente de uma rua ou entrar cortando a sua frente.

13. Não pedale colado aos veículos. Esteja sempre pronto para frear e tome cuidado com o chão liso.

14. Hidrate-se! Antes, durante e depois da pedalada.

15. Seja sempre gentil com os outros. Irritar-se jamais resolverá os problemas.

16. Cuidado ao passar por carros estacionados: as portas podem abrir de repente e causar acidentes.

17.  Muita atenção nos cruzamentos, esquinas ou saídas de estacionamentos.

18. Não use fones de ouvido. Eles podem bloquear sons que você precisa ouvir para dirigir sua bicicleta defensivamente. Falar ao celular pedalando, nem pensar!

19. Pedale transmitindo segurança aos outros. Nas descidas, não deixe a bicicleta correr demais e fique atento com as mudanças de piso.
20. Se sentir câimbra está na hora de fazer um descanso e nunca forçar continuar pedalando.
21. Use o passador de marcha de forma precisa, assim economizará energia e irá mais longe.
Concluindo, vale lembrar que o ciclismo é uma atividade esportiva que possibilita uma expressiva melhora na qualidade de vida de seu praticante, porém não deixe de comprometer-se com os cuidados aqui revelados para que essa prática produza saúde e felicidade.
Um exercício físico, bem vivido, como o ciclismo, deverá ajudar na melhora de seu estado de humor, combater o estresse e facilitar as relações familiares e sociais, evitando sentimento de raiva, orgulho, medo e ansiedade fóbica.
 
A vida é movimento e transformação, por isso movimente-se. Praticando esporte como o ciclismo, você estará transformando o seu dia a dia em um fazer singular de ternura e bem viver.
O ciclismo é uma bela prática esportiva para desenvolver uma excelente qualidade de vida. Praticar ciclismo é investir em saúde holística e ter qualidade de vida!

Professor Mauri Gaspar.
Referência Bibliográfica
 
SCHOR, Nestor - Medicina do Esporte - Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da UNIFESP-EPM, Editora Manole Ltda. Barueri - Sp. 1ª Edição 2008.