segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Razões Educacionais e de Cidadania para Votar SIM, Sendo a Favor da Divisão do Pará.

1ª – Censo Escolar 2010 revela que os Paraenses são os mais atrasados na escola a nível nacional.

No Pará, quase 40% dos alunos do Ensino Fundamental não cursam a série adequada para a sua idade, enquanto a média nacional é de 23,6%. No ensino médio, o problema atinge quase 60% dos alunos paraenses. Esse é uns dos problemas graves que ocorre exatamente por força das imensas distâncias entre as localidades.*

*Fonte: Jornal O Liberal. 14 de Julho de 2011. Caderno de Atualidades.

2ª - Greve dos professores da Rede Estadual de Educação que durou 52 dias parados, nem a Justiça e nem o governador fizeram o Sindicato voltar ao trabalho. O fato curioso é que no Governo da Companheira o Sindicato fez uma manifestação de panfleto distribuída nas escolas, dizendo que a mesma “pagou com traição”, ao pagar 0,25 centavos de reajuste salarial dos professores, porém o movimento não fez uma greve, muito menos, desgastante quanto essa.


Outra curiosidade é que no Rio Grande do Sul, Estado muito rico em relação ao Pará, o atual governador que é Companheiro vai pagar o Piso Salarial em 18 parcelas e o Sindicato local aceitou o acordo, enquanto aqui no Pará o Sindicato já a visa que de janeiro de 2012 a greve vai voltar se o governador não pagar o piso da forma que o sindicato propõe.
Honestamente, o prejuízo dessa lambança educacional e institucional será pago pelos filhos dos pobres e miseráveis, para quem a escola pública é a única esperança de estudar e conseguir diploma para ascensão social... Os filhos dos sindicalistas podem estudar, bem como os netos do governador, pois tenho a impressão de são matriculados em escolas do ensino privado, e talvez morem no Pará...

3ª - O resultado do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes - ENADE, divulgado no último dia 18 de novembro de 2011.

Para melhor mostrar essa realidade observe que a avaliação do ENADE classifica as instituições de educação superior em três categorias:

As Notas de 1 a 3 são consideradas insatisfatórias, 3 a 4 razoáveis e de 4 a 5 excelentes.

VAMOS VER NOSSA TRAGÉDIA EDUCACIONAL NO ENSINO SUPERIOR:

No Estado do Pará apenas metade das 31 instituições de ensino superior foram classificadas com o desempenho satisfatório no ENADE*. Isto mostra à ineficiência do Estado do Pará em Educação Superior.
*Fonte: Jornal “O Liberal”.

4ª - Brasil recentemente saiu de 18 para 30 bilionários que foram incluídos na lista das pessoas mais ricas do mundo, pessoas que tem mais de UM bilhão de patrimônio pessoal, e esses brasileiros juntos somam ativos de US$ 131.4 bi, quase 6% do PIB nacional.

Nenhum deles é cidadão paraense, pelo menos que tenham declarado sua riqueza de forma transparente ao Ministério da Fazenda.

5ª – Os inúmeros casos de Corrupção na Política Pública Paraense, originária de políticos que moram em Belém, incluindo um governador que desviou 10 milhões do Banco do Estado do Pará, nunca foram julgados e por isso eles estão em liberdade. Uma Governadora que sai do poder sem aprovar suas contas no Tribunal (do Faz) de Contas do Estado do Pará, que tem conselheiros que respondem a inúmeros processos judiciais por fraudes em suas áreas de atuação, além de processos éticos.

Todos esses senhores (as) da “ética” e da política paraense não querem a separação, bem como o governador atual. Eles querem falar dos políticos de outros estados sobre fraude. Por que não falam de seus atos contra a sociedade paraense e os atos de seus amigos, pois é muita coincidência que todos são contra a separação do estado, porém não revelam quantos processos eles todos respondem, no eterno berço esplendido da liberdade ou quem sabe libertinagem jurídica brasileira. Eles juram que tem vontade de trabalhar pelo Estado do Pará, se você quer acreditar nisto, retire de seu cérebro a memória da História Política do Pará, Pós-Ditadura Militar. A sociedade Paraense não Aguenta mais esse fascismo ideológico.

Chega de hipocrisia, falem que vocês não querem a separação para manter benefícios pessoais e familiares, ou então apresentem argumentos científicos e não leigos eleitoreiros, como por exemplo, seus projetos de desenvolvimento econômico do Estado, antes das próximas eleições, façam algo, mas, por favor, parem de roubar e mentir... O jogo da seleção brasileira no mangueirão não tem relevância no cenário do atual do Estado do Pará.

6ª – O Caso da Assembléia Legislativa do Estado do Pará – ALEPA. Recentemente seis denúncias oferecidas pelo Ministério Público e aceita pela justiça comum paraense: entre elas, fraude em processos licitatórios; funcionários fantasmas na folha de pagamento; diferença entre crédito bancário e folha de pagamento; entre outros... São milhões desviados... Isso recentemente...

7ª – Desvio de verbas nas obras do PAC no Pará, o valor passa de 31 milhões de reais. Assim, nunca sairá a BR-163. Este valor é estimado pelo Tribunal de Contas da União.

8ª – O Pará é Bi-campeão em promover péssima Qualidade de Vida à seus habitantes, no ano passado, já se encontrava nesta honrosa colocação no ranking nacional, e neste ano está a frente do Estado de Alagoas, que é o último do País. Ou seja, somos o 26º em desenvolvimento humano. Ainda querem comparar o Pará com o Maranhão, Piauí e Amapá, todos esses tem salários mais altos. Não precisamos de ilusão, o ranking brasileiro diz tudo.

9ª – Belém possui a 25ª colocação em Educação, quando tratada como município, no Brasil;

10ª – Belém possui a 25ª colocação em Saúde, quando tratada como município, no Brasil;

11ª – Nenhum município paraense aparece entre os quatrocentos mais desenvolvidos do Brasil; Belém, enquanto município é o 472ª no ranking nacional.

12ª – Não querem separar, mas Santarém, Futura Capital do Estado do Tapajós, no ranking paraense de desenvolvimento municipal, que avalia qualidade de vida está em 16ª posição ficando atrás de Oriximiná.

13ª – Não querem separar, mas Marabá está atrás de Parauapebas no ranking de desenvolvimento municipal quando se fala em qualidade de vida.

14ª – Na Educação, Belém, enquanto município aparece em 22ª no ranking paraense;

15ª – Na Saúde, Belém, enquanto município aparece em 4ª lugar entre os municípios paraenses, ficando atrás de Brasil Novo, Canaã dos Carajás e Parauapebas, segundo o estudo realizado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro.

16ª – A Saúde pede socorro! A mãe que quer ter filho na Santa Casa não sabe se poderá contar com o Serviço de obstetrícia, no momento em que mais precisam da referida maternidade, pois desde 2008 morreram várias crianças no momento de nascer.
17ª – Remo e Paysandu estão longe da série principal do Futebol brasileiro em função da pobreza do Estado Paraense.

18ª – A Pecuária Paraense é uma das menos competitivas, apesar de seu forte rebanho ser considerado o 5º do Brasil, no abate é o 9º colocado.

19ª – O Estado do Pará tem péssimas Estradas Estaduais e Federais, algumas não deveriam ser chamadas de estradas, pois não passam de um lugar de atoleiros de veículos. Sejam eles, leves ou pesados.


20ª – O Pará tem prostituição infanto-juvenil, com crianças de dez anos se prostituindo no interior do estado, sem que o Governo do Estado tenha feito algo para combater essa perversa exploração humana (Leia o meu artigo aqui no blog: “Um Breve relato Sobre o Estreito de Breves”).

21ª – As chacinas continuam no Estado do Pará, agora foi aqui em Icoaraci, seis jovens foram assassinados sem motivo nenhum. O Pará é um Estado que não promove Política de Segurança Pública, porém aluga e compra carro para polícia, mas não qualifica e nem se valoriza este profissional.

22ª – A violência da falta de água, sem contar com a péssima qualidade para o consumo humano. Em todos os municípios paraenses, esta agressão reina absoluta.

23ª – A farra dos políticos pedófilos premiados pela impunidade judicial. Muitos desses que são contra a separação querem permanecer mandando no Estado de dimensão continental e assim poder continuar maltratando a vida dessas crianças.

24ª – Greve dos Médicos em Belém.

O que acontece no interior deste imenso estado... Falta de médico em todos os municípios... Aqui no Pará, atualmente as pessoas morrem também por falta de infra-estrutura e de recursos humanos adequados para cuidar da saúde.

25ª – O Estado do Pará não investe em Hidrovias e nem moderniza seus Portos, com isso vivemos sobre um alto índice de custo de vida. Aqui tudo é mais caro em relação a outras capitais brasileiras.

26ª – Com a divisão os novos Governadores, Senadores e Deputados irão morar nas cidades capitais, com isso a população dessas cidades terão como reivindicar melhoria da qualidade de vida. Hoje isto é impossível.

27ª – As Universidades, tanto Estadual como Federal serão triplicadas, pois está na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, sendo a União obrigada a repassar 18% de impostos federais, além de 25% do Estado e 25% do município. Essa ampliação da universidade significa impulsionar o crescimento intelectual da população, diminuindo os rebanhos políticos eleitoreiros. Além de possibilitar a criação de todos os cursos que existem nas universidades brasileiras atualmente, bem como concursos em diversas disciplinas e área de atuação administrativa como um todo.

28ª – Um dos grandes benefícios produzidos pela reestruturação geopolítica do atual estado será o aumento do poder de justiça dentro dos novos estados, pois haverá concurso para Juízes e demais cargos judiciários, realizando um sonho, tornar a justiça mais eficiente, claro que isto é ruim para a bandidagem de Terno paraense.

29ª – Combater a Miséria e a Pobreza do povo, além do analfabetismo e o atraso cultural.

30ª – Sou nascido em Belém! Eu Voto SIM, pois tenho Fome de Justiça Social.


E Você, tem Fome de Quê?


Mauri Gaspar

Psicólogo e Professor


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Elementar Meu Caro, Rogério Boueri, Economista do IPEA e Professor da Pontifícia Universidade Católica de Brasília.

Você olha o Estado do Pará por números, não está vendo as pessoas em suas localidades, seus municípios e suas precárias condições sócio-econômica-cultural. Você olha pela tecnocracia habitacional e geográfica e assim diz que O Estado do Pará ficará com 71% da população atual, estimativa de 7,5 milhões de habitantes. Carajás ficaria com uma população de cerca de 1,5 milhões de pessoas, e você diz que o Futuro Estado do Tapajós, pouco mais de 800 mil, tendo como fonte o IBGE. A Questão é: será que nós, habitantes do Estado do Pará, não sabíamos desses seus dados, precisávamos do senhor, economista do IPEA e Professor da honrada PUC, dizer isso para os paraenses...

É verdade, quando se vê um número se imagina o real, porém quando se vê o real o número não parece ter expressão, visto que quando algum noticiário escreve que morreram três pessoas da mesma família em um acidente de carro, por exemplo, esse número parece até inexpressível para um Estado que mal tem estradas para se trafegar com segurança e cidadania, agora esse mesmo número três amedronta e demonstra sua monstruosidade quando ele se refere à família de quem está ouvindo o noticiário. Assim o real do número não é os três apenas ele por si só, mas o que isso representa diante da dor dos que estão vivendo essa realidade. O Estado do Pará deverá ser divido por três, tornando-se Pará, Tapajós e Carajás, a questão é como ficam a qualidade de vida das famílias que residem nesse estado continental.


O número de habitantes maior do Estado do Pará está na área geográfica, Belém, que durante todos esses séculos de sua fundação, permitiu que ali existisse uma perspectiva maior de sobrevivência e qualidade de vida do que as áreas mais distantes da capital. Logo essa densidade geográfica perversa é oriunda de um amplo fator de dificuldades de sobrevivência e qualidade de vida, visto que no Estado do Pará atual, você pega um Vôo Boeing de Belém para Marabá ou Santarém, e essa distância significa o mesmo que sair de Curitiba para São Paulo, porém a diferença dessa quilometragem só sente quem conhece a região, viajando de Barco, carro, ônibus ou van dentro desse Estado.

Acredito que você não se sentiria bem ao se defrontar com as precárias condições dos aeroportos das cidades de Santarém e Marabá, e se sentiria pior ainda, ao descobrir a ausência do Estado, e para isso basta um aneurisma cerebral em um desses aeroportos, visto que o Estado do Pará não tem hospitais capazes de lidar com situações graves nessas regiões. Por falar em hospitais, no interior do Estado, inúmeras famílias imploram por vagas nos hospitais de Belém para tratar seus entes queridos de câncer ou qualquer outra doença mais grave, visto que assistência do interior se resume em sua maioria em áreas clínicas da medicina. Elementar meu caro Rogério Boueri.

O que são os números diante da desgraça dos miseráveis e pobres do Estado do Pará, talvez apenas estatísticas de guerra, pois nós sabemos que nas guerras só morrem os pobres, quanto aos miseráveis, a desnutrição trata de matá-los. Marx chamava de classe operária, se o senhor me permite falar desse grande filósofo que a economia global diz que está morto, como se as classes sociais estivessem sido extintas, porém os defensores da ordem econômica só não sabem dizer como resolver os problemas atuais, visto que essa economia próspera, a dos números, a que o senhor revela conhecer em seu artigo, do qual causa a impressão ao revelar a força dos bilhões seja em reais ou em dólares, só não sendo capaz de ser aplicada para sequer minimizar a forte desigualdade social que ocorre no Estado do Pará. Para o senhor, pelo menos é o que entendi a partir da leitura de seu artigo, os números falam sempre a verdade, só ninguém percebe que a crise econômica mundial está aí na nossa porta, com a indústria já anunciando cortes nos postos de trabalhos para o primeiro trimestre vindouro, e o seu instituto é aquele que disse que a crise econômica mundial seria apenas uma marolinha, que pena saber que ela ainda não passou, elementar meu caro Rogério.

Esta crise econômica mundial, logo também brasileira, está levando nações inteiras ladeira abaixo por força das suas dívidas públicas e previdenciárias, além de ofertar um imenso buraco dos juros, para aquelas que queiram recorrer a empréstimos financeiros. É verdade, juros são calculados para que as nações endividadas possam sair de suas crises econômicas, e quanto às pessoas elas terão que se adaptarem as mudanças, afinal o homem é um animal que se adapta as mudanças, acredita o capitalismo mundial, porém se fossem outras espécies de animais essas prefeririam ser extintas a se adaptar e apenas sofrer.

No cenário mundial, ofertam-se as esperanças a inúmeros cidadãos, que ao pagar suas dívidas vão pagar grande margem de juros, pois esse é o mundo econômico global atual. Mudança só a favor do capitalismo e nunca contra ele, pois as pessoas não são mais importantes do que o Lucro. É muita ousadia o Estado do Pará querer se dividir em três territórios federados, aumentando o endividamento da nação brasileira. O Brasil está preocupado em construir estádios de futebol para a copa do mundo e centros esportivos para as olimpíadas, além é claro do trem bala entre Campinas-SP e Rio de janeiro, obra estimada em 56 bilhões de reais, porém, pena que nenhum desses eventos da chamada nação brasileira, será no Pará, pois daqui, desse estado, só interessam os minérios e as hidroelétricas gerando divisas e riquezas ao Brasil, o resto, é longe de mais para se investir nesse território, rico em matérias primas, mas estigmatizado nacionalmente.

Assim, o modelo econômico não mudou, prevalecendo à máxima do lucro, pois é isso que faz o capitalismo ser tirano para a sociedade do terceiro mundo, ou dos emergentes como agora batizaram o Brasil. No entanto, os bilhões que o senhor revela em seu artigo, não se limitam ao que os novos estados terão como PIB Industrial e da área de Serviço. Pois preciso que você analise o quer dizer quando diz que os Estados nascem díspares em relação ao PIB de cada um, ao apresentar os números. E aqui me cabe outra questão, você Rogério, conhece na história econômica do Brasil ou do mundo algum Estado ou Nação que nasceu em igualdade de condição econômica de outra? Se souber me avise, não estudei esta parte em História Geral e nem em Historia do Brasil. Pode ser que seja um segredo de seu honroso Instituto, mas se for me dê o caminho, preciso aprender...

Elementar meu caro Rogério Boueri, sei que para o capitalismo o que importa é o Lucro, a maioria das pessoas no mundo são soldados a serviço dos capitães da indústria mundial e estes estão à frente de suas nações às vezes manipulando dados do conhecimento científico, divulgando apenas o que interessa junto a seus patrocinadores, se isso não fosse verdade não existiria quebra de Bancos Financeiros subitamente e seus Diretores não seriam considerados fraudadores nacionais e até universais, pois instruir o homem é perigoso, fazê-lo pensar é mais ainda.









Por isso espero que você tenha um dado muito significativo para falar da renda dos municípios do Estado do Pará, pode buscar junto ao seu renomado Instituto ou quem sabe no IBGE, mas diga a verdade, de preferência antes do Plebiscito, para que a Democracia possa ser vivida de forma ampla, nesse Estado continente visto que possui 143 municípios, sem a separação. A questão é, mas, por favor, fale a verdade, atualmente quantos dos municípios paraenses têm rede de água e esgoto, o chamado saneamento básico, e que essa água possa ser consumida sem risco de vida para os habitantes do gigantesco Estado, interferindo de forma decisiva no estado básico da saúde de sua população? Por sinal, o IBGE acaba de divulgar que apenas 40% do Estado do Pará, possuem nas áreas urbanas, algo próximo de um Saneamento Básico. Porém, preciso lembrar-te que esse mesmo Estado tem um índice elevado de prostituição infanto-juvenil nos municípios mais pobres, e que os índices educacionais paraenses tanto no ensino fundamental, médio e superior estão abaixo do nível regular nas avaliações do Ministério da Educação, contamos com precárias condições carcerárias, alto índice de violência urbana, hospitais sem a menor capacidade de atendimento das demandas vindas do interior, e aqui deixo claro que se trata de municípios que ficam a mais 4 horas de transporte, seja ele qual for. Você sabe o que é isso na sua realidade, como cidadão? Elementar meu caro Rogério Boueri.





Porém, Você sabe que a violência tem inúmeras Faces, e que hoje a Violência dos Ternos é a que mais nos amedronta por força de sua impunidade, articulando o alto índice de corrupção em todas as esferas institucionais brasileiras. Essa SIM deveria e deve ser combatida por todos nós que estamos preocupados com o desenvolvimento da qualidade de vida, não só do Estado do Pará como de qualquer outro Estado Brasileiro.

O Estado do Pará é o penúltimo no ranking brasileiro em desenvolvimento federativo, superando apenas o Estado de Alagoas, perdendo para o Piauí, Maranhão e Amapá, não estou aqui desprezando outros Estados, mas SIM mostrando nosso Estado Precário Social.

Falta-nos crescimento educacional para nos permitir pensar em crescimento econômico, visto que o Homem é capaz de produzir, porém precisa aprender.
A Divisão do Estado vai trazer três Universidades Federais e Três Estaduais, dentro de um território continental, isso significa possibilitar desenvolvimento humano, pois quando a Educação se Amplia o Homem se Dimensiona, além de possibilitar novos concursos, em diferentes áreas para suprir as demandas dos novos Estados, possibilitando empregos a inúmeros jovens que precisam incluir-se em uma sociedade que remunera o capital intelectual, mas não pode remunerar a falta de perspectiva de vida atual. Nós paraenses não queremos “Bolsas, queremos cidadania em seu sentindo mais amplo, ou seja, no sentido Constitucional.

Só não posso esperar de você, enquanto acadêmico, que diga o que aqueles que são contra a divisão do Estado estão dizendo, que dividir o Pará é apenas aumentar as despesas da Nação com novos cargos de Governadores, Senadores e Deputados, visto que para nós, Professores a Democracia é o berço da cidadania, sendo o instrumento legítimo que possibilita em tempo real o combate à máscara social chamada hipocrisia ideológica da classe dominante partidária.

Afinal, Rogério, VOCÊ tem FOME de quê?

Fale sobre isso, visto que nossos escritos acadêmicos, são repletos de nossa convicção, não sendo permitida de forma alguma a neutralidade científica, apenas a opinião do autor, precisamos de números humanos, que falem do valor da vida, e não apenas de números econômicos sobre a ordem do capitalismo moderno ou contemporâneo, aliás, não importa como quero chamar o capitalismo, pois para seus ferozes defensores, só existe uma ordem, o LUCRO, e essa é a ORDEM, mas para não me permitir essa afirmativa dominante me debruça e contempla Caetano Veloso, que diz:

“alguma coisa está fora da ordem,

alguma coisa está fora da Ordem Mundial...”.

Elementar meu Caro Rogério Boueri.


Mauri Gaspar

Psicólogo e Professor



terça-feira, 8 de novembro de 2011

Questionário para os Professores que desejam avaliar seu trabalho, bem como permitir que seus alunos realizem uma auto-avaliação de seu rendimento educacional em sua disciplina.

Universidade:
Disciplina:
Professor:
Se identifique, se desejar: _________________________________________

Avaliação de Desempenho Pessoal

Procure responder o seguinte questionário utilizando sua Honestidade e Ética, avaliando seu comportamento e seu rendimento durante o periodo em que foi aluno dessa disciplina.
Lembre-se, sua avaliação é pessoal, por isso deverá ser a mais real possível.

1ª – Avalie a confiabilidade em sua equipe de trabalho.
Excelente ( ) Bom ( ) Aceitável ( ) Regular ( ) A Desejar ( )

2ª _ Avalie sua Iniciativa em Participar das aulas, trabalho em grupo, fazer os exercícios propostos pelo professor, ou seja, sua partipação global.
Excelente ( ) Bom ( ) Aceitável ( ) Regular ( ) A Desejar ( )

3ª _ Avalie sua Frequência, quanto ao dias, horário de entrada e saída das aulas.
Excelente ( ) Bom ( ) Aceitável ( ) Regular ( ) A Desejar ( )

4ª _ Avalie seu Aprendizado em sala de aula.
Excelente ( ) Bom ( ) Aceitável ( ) Regular ( ) A Desejar ( )

5ª _ Avalie sua Cooperação junto aos demais colegas de sala de aula.
Excelente ( ) Bom ( ) Aceitável ( ) Regular ( ) A Desejar ( )

6ª – Avalie a Qualidade de seu trabalho entregue ao professor.
Excelente ( ) Bom ( ) Aceitável ( ) Regular ( ) A Desejar ( )

7ª _ Avalie seu Planejamento Pessoal para conseguir acompanhar as aulas.
Excelente ( ) Bom ( ) Aceitável ( ) Regular ( ) A Desejar ( )

8ª _ Avalie o desempenho do grupo de colegas como um todo, quanto ao interesse pelos conteúdos apresentados.
Excelente ( ) Bom ( ) Aceitável ( ) Regular ( ) A Desejar ( )

9ª _ Avalie o aspecto didático das aulas, como slides, textos pesquisados e aulas expositivas do docente.
Excelente ( ) Bom ( ) Aceitável ( ) Regular ( ) A Desejar ( )

10ª – Avalie a relevância dos conteúdos apresentados pela disciplina para sua formação profissional.
Excelente ( ) Bom ( ) Aceitável ( ) Regular ( ) A Desejar ( )

Espaço opcional para comentar o que desejar. ____________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Obrigado!

Ao término da aplicação, recolha-os e faça a quantificação das respostas, produzindo gráficos estatísticos para melhor análise do rendimento de seu trabalho.
Isso irá ajudá-lo a avaliar, planejar e aperfeiçoar suas próximas aulas.
Sucesso.
Forte abraço;
Felicidades.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Einstein: Liberdade de Expressão, Ciência, Escola e Democracia!

Albert Einstein revela que é inútil tentar discutir os juízos de valores fundamentais. Se alguém aprova como meta, por exemplo, a eliminação da espécie humana da face da Terra, não se pode refutar esse ponto de vista em bases racionais. Se houver, porém concordância quanto a certas metas e valores é possível discutir racionalmente os meios pelos quais esses objetivos podem ser atingidos. Indiquemos, portanto, duas metas com que certamente estarão de acordo quase todos os que lêem estas linhas.
1 - Os bens instrumentais que servem para preservar a vida e a saúde de todos os seres humanos devem ser produzidos mediante o menor esforço possível de todos.
2 - A satisfação de necessidades físicas é por certo a precondição indispensável de uma existência satisfatória, mas em si mesma não é suficiente. Para se realizar, os homens precisam ter também a possibilidade de desenvolver suas capacidades intelectuais, artísticas, sem limites restritivos, segundo suas características e aptidões pessoais.
A primeira dessas duas metas exige a promoção de todo conhecimento referente às leis da natureza e dos processos sociais, isto é, a promoção de todo esforço científico. Pois o empreendimento científico é um todo natural, cujas partes se sustentam mutuamente de uma maneira que certamente ninguém pode prever.
Entretanto, o progresso da ciência pressupõe a possibilidade de comunicação irrestrita de todos os resultados e julgamentos. A Liberdade de Expressão e Ensino em todos os campos do esforço intelectual. Por liberdade, entendo condições sociais, tais que, a expressão de opiniões e afirmações sobre questões gerais e particulares do conhecimento não envolvam perigos ou graves desvantagens para seu autor. Essa liberdade de comunicação é indispensável para o desenvolvimento e a ampliação do conhecimento científico, aspecto de grande importância prática.
Em primeiro lugar, ela deve ser assegurada por lei. Mas as leis por si mesmas não podem assegurar a liberdade de expressão; para que todo homem possa expor suas idéias sem ser punido, deve haver um espírito de tolerância em toda a população. Tal ideal de liberdade externa jamais poderá ser plenamente atingido, mas deve ser incansavelmente perseguido para que o pensamento científico, o pensamento filosófico e criativo em geral, possa avançar tanto quanto possível.
Para que a segunda meta, isto é, a possibilidade de desenvolvimento espiritual de todos os indivíduos, possa ser assegurada, é necessário um segundo tipo de liberdade externa. O homem não deve ser obrigado a trabalhar para suprir as necessidades da vida numa intensidade tal que não lhe restem tempo nem forças para as atividades pessoais. Sem este segundo tipo de liberdade externa, a liberdade de expressão é inútil para ele. Avanços na tecnologia tornariam possível esse tipo de liberdade, se o problema de uma divisão justa do trabalho fosse resolvido.
O desenvolvimento da ciência e das atividades criativas do espírito em geral exige ainda outro tipo de liberdade, que pode ser caracterizado como liberdade interna. Trata-se daquela liberdade de espírito que consiste na independência do pensamento em face das restrições de preconceitos autoritários e sociais, bem como, da "rotinização" e do hábito irrefletidos em geral. Essa liberdade interna é um raro dom da natureza e uma valiosa meta para o indivíduo. No entanto, a comunidade pode fazer muito para favorecer essa conquista, pelo menos, deixando de interferir no desenvolvimento. As escolas, por exemplo, podem interferir no desenvolvimento da liberdade interna mediante influências autoritárias e a imposição de cargas espirituais aos jovens excessivas; por outro lado as escolas podem favorecer essa liberdade, incentivando o pensamento independente.
Só quando a liberdade externa e interna são constantes e conscienciosamente perseguidas, há possibilidade de desenvolvimento e aperfeiçoamento espiritual e, portanto, de aprimorar a vida externa e interna do homem”.
Preciso cooperar com uma reflexão pessoal sobre esse belo texto que acima foi descrito de forma autêntica, visto que Einstein é Educador ao revelar a importância da Liberdade diante da Instituição Escolar, sendo essa uma instituição social que foi criada para conduzir e elevar o homem a desenvolver seu intelecto, que durante sua vida será mensurado por seu desenvolvimento cognitivo e emocional, possibilitando um despertar para análise da complexa leitura científica do mundo, onde o campo sistêmico se apresenta como um desafio a todos que permitem que um tempo de sua vida seja proporcionado à busca do conhecimento científico.
Esta inicia na infância, e a sociedade fortalecida por instituições democráticas deve estimular e facilitar a aprendizagem como condição natural de convivência social, ou seja, permitir que o conhecimento esteja à disposição das pessoas.
A paixão de conhecer e explicar o que nos rodeia é o originário de um campo fértil que propicia o despertar amplo da paixão pela ciência, onde a Gaia, que é a mãe da vida, está sempre ofertando os embriões de sua natureza em diversas áreas, permitindo um convite para a consciência transformada a partir da escolha do objeto de estudo.
Quando criança, começamos quase sempre, manipulando as primeiras revistas e livros infantis, onde a leitura começa na percepção das figuras e posteriormente se desenvolve em compreender os fonemas, passando da pronúncia fantasiada a bela precisão dos mesmos, iniciando a riqueza de um vocabulário que servirá de caminho percorrido pela linguagem verbal e escrita, sendo esta aperfeiçoada ao longo da vida do ser humano.

O ambiente familiar tem importância neste comportamento da criança, visto que precisa valorizar o mesmo no meio ambiente, ou seja, a criança precisa ser estimulada pela família a gostar de ler. Assim, esse comportamento deverá ser um fator de crescimento e expansão intelectual por toda a vida, numa relação dialética que se processa a partir da pergunta de nossa curiosa forma de interrogar o mundo, despertando o desejo de uma resposta, que de forma momentânea, produza uma certeza presente, que será contestada no próximo livro a ser lido sobre aquele mesmo assunto.

Não há dúvida de que o avanço científico muda no próximo instante, pois todo conhecimento de hoje já está sendo interrogado em sua dimensão científica, visto que no próximo amanhã poderá estar na doce lembrança literária da biblioteca pessoal e acadêmica de um leitor, sem querer dizer que ele está em desprezo ou abandono absoluto, visto que a epistemologia científica jamais permitirá seu eterno esquecimento, ou seja, não existe o silêncio de uma linguagem acadêmica temática para sempre.

Neste sentido, Einstein nos avisa que a vida acadêmica é repleta de riscos e virtudes, pois existe a necessidade de universalizar a divulgação do conhecimento científico, permitindo assim disponibilizar seu reconhecimento, proporcionando a tese de que a verdade científica seja investigada por todas as universidades, e só assim poderá ser aceita e respeitada.

O conhecimento científico rompe com a clausura dos muros de seus laboratórios universitários e intelectuais, sejam esses experimentais ou filosóficos, porém isso não significa se libertar da opressão institucional de sociedades mais atrasadas, que procuram manipular a formação humana enfocando teologias absolutistas ou ideologias partidárias e filosóficas que não podem ser contestadas por força da ordem dominante.

Para essas sociedades, a condição de divulgação do conhecimento científico e filosófico amplo, se torna uma ameaça às hipocrisias de seus discursos, pois elas vêem no conhecimento, e em sua divulgação, o perigo de romper com o status relacionado ao poder que a mantém, exercendo uma função perversa de bloquear o caminho da divulgação dos mesmos, visto que esses podem provocar a mudança no horizonte político vigente.

Assim, para as sociedades autoritárias, até a internet e uma imprensa livre de censura, tornam-se um problema de “segurança nacional”, onde seus acessos e conteúdos jornalísticos devem ser restritos, controlados, visto que esses podem despertar mudança de mentalidade na vida da pessoa humana.

O risco maior produzido pelo conhecimento científico é ensinar o homem a pensar, isso o torna livre do outro homem, colocando-o como sujeito de sua história, e dessa forma, permite ao mesmo, uma ampla autonomia em ações sociais. Ao Aprender, o ser humano torna-se capaz de produzir o bem estar de ensinar seu semelhante.
Dessa forma, a sociedade pode reconhecer as diferenças diante do debate, mas nunca se colocar a favor da opressão, visto que o ato mais nobre de uma pessoa é expressar seu pensamento sem temer a diferença de seu discurso, mais de saber que ao apropriar-se do mesmo, consegue definir seu papel diante do antagonismo de idéias que enriquecem o fio condutor do eterno debate acadêmico em suas inúmeras perspectivas de explanação conceituais e ideológicas.
Quando esse conhecimento se expande nas sociedades, isso traz um tsunami, com ondas gigantes, onde o que está no horizonte é destruído, produzindo posterior mudança no seio da sociedade, que assim consegue se oxigenar por um banho de artigos científicos publicados diariamente pelas casas das ciências, o que conhecemos como universidades, socializando a expansão do conhecimento na velocidade da luz, permitindo clarear a percepção do homem, retirando-o da cegueira social.

Nas sociedades democráticas mais amplas e consolidadas, essa atitude de divulgação do conhecimento científico, possibilita uma amplitude da vida social e de bem estar, libertando o homem da opressão da ignorância, ou pelo menos permitindo a esse sua libertação, visto que estudar é uma escolha, nunca uma obrigação, porém nenhuma sociedade que queira evoluir, deverá deixar de ofertar esta condição.

A divulgação do conhecimento científico viabiliza um amplo processo de inclusão social a partir da expansão intelectual, sendo essa, formadora de uma consciência científica e social, onde o conhecer significa desfrutar de uma vida na eterna relação entre o aprender e o ensinar, exaltando o bem maior do patrimônio da humanidade que é sua formação cultural, dimensionando assim, a amplitude da vida em suas inúmeras formas de existência, colocando o homem diante do Creador e despertando que o mesmo possa ser o Criador do conhecimento científico.

Para Einstein, Deus é o Creador, ou seja, a Origem Física e Espiritual de todas as formas de Vida composta no Universo. Assim “Deus é a Lei e o Legislador do Universo” (2006,pag.171). O Homem é o Criador, ou seja, aquele que investiga, descobre e assim estabelece um conceito que se propaga como capaz de ser divulgado e anunciado, tendo através da metodologia científica, seu conhecimento expansivo, onde o descobrir implica em revelar algo novo para si, mas é bom lembrar que já existe no universo físico ou filosófico aquilo que o homem estuda e isso possibilita a evolução contínua do conhecimento, demonstrando sua compreensão sobre o tema proposto e ao mesmo tempo desafiando seu crescimento, sua amplitude.

Ao expandir sua cognição sobre o assunto estudado, diante das inúmeras pesquisas oriundas da natureza física, filosófica ou espiritual, o intelecto humano se desenvolve em busca da relação entre o Homem e o Cosmo. Einstein afirma: “A ciência atômica avançou rumo à Matemática, Metafísica, Mística; ultrapassou o Verso e se aproxima do Uno do Universo.” (2006, pag.83).

A Cosmocracia Einsteiniana convida o homem a despertar em uma eterna interrogação. Ele, Einstein, passou a vida repleto de questões interrogativas, inclusive conversou com Freud, quando questionou o Por que da Guerra?


Tantas outras perguntas e fascínio habitavam a mente do gênio, incluindo sua concepção da matemática abstrata (1), bem como compreender a extensão do pensamento filosófico e a poesia enquanto fonte de inspiração para a vida humana.

Suas concepções sobre a natureza do conhecimento científico permitem analisar a diversidade de estudos disponíveis no Cosmo, que por sua vez oferece ao homem um banquete, onde o alimento sagrado é a ciência, colocando o Criador diante da dimensão do Creador, que por sua vez permite, em um gesto maior de humildade, que sua natureza seja estudada, ligando de forma física, biológica e espiritual o Creador ao Criador em um eterno passeio nas estradas dos três M, que tanto encataram Einstein, que são a Matemática, a Metafísica e a Mística.

Algumas sociedades, ainda no mundo de hoje, procuram impedir o encontro do homem com o conhecimento científico e para isso manipulando a relação do Homem com Deus, oprimindo seus cidadãos, que por não poder compreender o discurso científico, não conseguem enxergar o novo tempo, ficando apenas em suas faces existências o castigo produzido pela opressão, onde a ignorância reflete a triste vida social e espiritual, violentando a cidadania.

A Escola é o bem maior de uma sociedade e essa instituição deve possibilitar a quebra das amarras da alienação, através da busca do debate democrático onde o princípio maior deve ser o bem estar da comunidade em que está inserida.

E assim, deve originar e patrocinar a divulgação do conhecimento científico a partir da promoção da liberdade de expressão, permitindo na sala de aula uma dinâmica de atuação entre professor e aluno, pesquisando idéias e conteúdos que possam despertar o profundo interesse em compreender a realidade social, e assim buscar correlacionar à universalidade do conhecimento científico, objetivando despertar no ser humano a capacidade de escrever a história de seu tempo, sem, no entanto, deixar de relacioná-lo ao passado, clarificando o presente, permitindo um futuro histórico proporcional a magnitude de sua evolução cognitiva e emocional.

A transformação de uma sociedade passa pela transposição de barreiras acadêmicas e institucionais, permitindo que a Democracia esteja presente de Fato e de Direito nas Escolas e Universidades, para que as mesmas possam ser aliadas da Cosmocracia Einsteiniana, onde o maior interesse deve ser o desenvolvimento da inteligência Humana, em sua dimensão biopsicossocial e espiritual.

“A perfeição dos meios e a confusão dos objetivos parece caracterizar a nossa época. Se desejamos sinceramente e com ardor a segurança, o bem-estar e o desenvolvimento livre dos talentos de todos os homens, não nos faltarão meios para atingir tal estado. Ainda que só uma pequena parte se esforce por tais objetivos, sua superioridade ficará comprovada em longo prazo”.

Albert Einstein.



Texto discursivo: Professor Mauri Gaspar



Referência Bibliografia

BORGES, Maria Luiza X. de A. – Tradução dos Escritos da Maturidade: artigos sobre ciência, educação, relações sociais,racismo, ciências sociais e religião. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1994.

ROHDEN, Huberto. Einstein. O Enigma do Universo. São Paulo: Editora Martin Claret, 2006.



Nota1 -

“O principio Creador reside na Matemática; a sua certeza é absoluta, enquanto se trata de Matemática Abstrata, mas diminui na razão direta da sua concretização.”

terça-feira, 13 de setembro de 2011

ESTADO DO TAPAJÓS: História de Luta de uma Região.

Na região do Tapajós não é de hoje que se fala em divisão territorial, estudos históricos datam do período de 1823, quando foi realizada a primeira Assembléia Constituinte. Nesse momento já se trazia na pauta política a criação da Província do Amazonas, segundo Ferreira Penna, essa propunha a criação da Província do Tapajós, objetivando evitar conflitos entre o então Grão-Pará e o Amazonas, nas áreas de Parintins, Óbidos e Santarém, isso em 1853.A reestruturação territorial, ou seja, geopolítica, voltou a ser discutida novamente, para resolver as diferenças de limites entre as duas províncias, no ano de 1869. Na proposta de criação de novas Províncias, no período do governo imperial, o tenente Augusto Fausto de Souza apresentou uma nova proposta, em 1877.
Com a instalação da República, foram feitas várias propostas de reestruturação territorial do Brasil e todas, sempre evidenciado a Amazônia e citando o TAPAJÓS, seja como um futuro Estado.
Em seguida a reestruturação territorial da Amazônia, incluindo o Estado do Pará, apontada como alternativa de desenvolvimento social a criação do Estado do Tapajós, embora com outras denominações por diversas autoridades, como: Segadas Viana, em 1933, Juarez Távora, em 1940 e Elias Ribeiro Pinto, sendo a primeira proposta partindo da região, no ano de 1950. Depois Antonio Teixeira Guerra, em 1960 - Alfredo Gantuss (dep. estadual), Bularmaqui de Miranda e Epílogo de Campos (dep. federais), nos anos de 1960 - Samuel Benchimol, em 1966 e Ronan Liberal ex-prefeito de Santarém, em reunião com prefeitos do Oeste do Pará, lançou a luta pela criação do ESTADO DO BAIXO AMAZONAS, em 1980.
Só essa bandeira de luta já tem seus 31 anos, até a presente data, logo é um crime dizer que é um ato oportunista de partidos ou políticos locais, pois a história não é objeto de manipulação ideológica.
Em 1984, após uma reunião no Hotel Tropical, em Santarém (Hoje Amazon Park Hotel) conclamou-se o novo período de luta pelo plebiscito do Estado do Tapajós.
Políticos como Benedito Monteiro, Gabriel Guerreiro e Paulo Roberto, todos Deputados Federais, fizeram um excelente trabalho e quase consegue criar o ESTADO DO TAPAJÓS, na Assembléia Constituinte de 1988, que embora não tenha consolidado a criação do Estado, introduziu um profundo avanço no artigo 12, no Ato das Disposições Transitórias e o relatório 01/90, tendo sido relator o Deputado Gabriel Guerreiro, da cidade de Oriximiná, como resultado da Comissão de Estudos Territoriais, em 1990;
O deputado Hilário Coimbra, em 1991 – PDC 120/91 – Aprovado na CCJ da Câmara dos Deputados; Oficializado o Comitê Pró-criação do Estado do Tapajós, em 1991, funcionando desde 1985; Fundada a FRENTE POPULAR PELO ESTADO DO TAPAJÓS, coletando mais de 17 mil assinaturas, em pouco mais de 15 dias úteis, dando entrada no Congresso Revisor, de uma emenda popular, protocolada sob o número 12.977-7, assinada pelo Sindicato dos Estivadores e outras entidades, que hoje, junto com o relatório 01/90, respaldam o projeto do Senador Mozarildo Cavalcanti (PTB/RR, professor da Universidade Federal Roraima), em 1993; foi relator da Comissão de Estudos Territoriais da Assembléia Legislativa do Estado do Pará, em 1995, dando viabilidade à criação do Estado do Tapajós, sendo relator o então Deputado Estadual Nivaldo Pereira.
Assim o Senador Mozarildo Cavalcanti, entrou no Senado Federal com o Projeto de Decreto Legislativo de Consulta Plebiscitária sobre a criação do ESTADO DO TAPAJÓS, em 1999.
Mozarildo aprovou o Projeto de Lei sob o número 19/99 na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJD) do Senado Federal (SF) em 10 de agosto de 2000.
Mozarildo aprovou, no plenário do SF, em 23 de novembro de 2000; Aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e Redação (CCJR) da Câmara dos Deputados (CD), anexado projeto do ex-deputado federal Hilário Coimbra, onde recebeu o número 731-00;
Atualmente a luta pela Criação do Estado do Tapajós tomou um novo alento, coordenado pelo Movimento Pelo Plebiscito e Criação do Estado do Tapajós, juridicamente constituído e com apoio maciço de 1.300.000 de pessoas.
Os fatos históricos provam que a idéia da criação desta nova Unidade Federativa partiu do governo central há mais de 150 anos. Apenas em 1950, Elias Pinto, um político futurista, sugeriu a criação do Estado do Baixo Amazonas e somente em 1980, o ex-prefeito Ronan Liberal, lançou a LUTA pela criação do novo Estado.
MOVIMENTO PELO PLEBISCITO DO ESTADO DO TAPAJÓS, fundado no dia 25 de maio de 2004, reunindo todas as entidades criadas anteriormente para lutar pelo plebiscito, coordenado pelo professor doutor Edivaldo da Silva Bernardo.
Este acadêmico, que conheço pessoalmente, possui competência intelectual e ética, revelado por sua bela historicidade cívica e de cidadania em prol de formar não apenas profissionais em universidades, mas de possibilitar o encanto pela leitura e filosofia, alicerçando o despertar de mentes brilhantes em suas salas de aulas.
A nova entidade ganhou o apoio técnico do jornalista Manoel Ednaldo Rodrigues que passou a organizar juridicamente a entidade, com a elaboração do Estatuto e outras legalizações necessárias. Esse trabalho foi muito importante para a articulação e reaproximação de Santarém aos municípios do Oeste do Pará que fazem parte do Estado do Tapajós.
O Movimento contribui de forma decisiva, profissional e organizada com a luta pela criação do Estado do Tapajós: campanha de outdoor para a conscientização do eleitor do Oeste do Pará, no sentido de eleger deputados estaduais e federais da região. O resultado da campanha culminou com a eleição de dez deputados estaduais e um federal, no ano de 2006. No dia 18 de setembro de 2007, às 11h24, foi protocolado com o nº 049630, o ofício nº 059/2007, com 500.000 assinaturas solicitando o plebiscito do Estado do Tapajós, na presença de uma das maiores caravanas da região. No dia 12 de setembro de 2007, a Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES), liderou um manifesto com assinaturas de todas as associações comerciais do Oeste do Pará, solicitando aos deputados federais a realização do plebiscito.
No dia 05 de setembro de 2007, a Assembléia Legislativa do Estado do Pará aprova com a votação favorável de 38 dos 41 deputados estaduais, o Projeto de Lei, nº 19/2007, de autoria do deputado Alexandre Von (Santareno do PSDB), que institui a FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DO PLEBISCITO E CRIAÇÃO DOS ESTADOS DO TAPAJÓS E CARAJÁS. Isso ocorreu após a realização de uma sessão especial na Assembléia Legislativa do Estado do Pará, provocada pela Diretoria do Movimento.

MISSÃO
Trabalhar intransigentemente pela realização do plebiscito, criação e desenvolvimento sustentável do Estado do Tapajós.

VISÃO
A criação do Estado do Tapajós objetiva atender a demanda social reprimida, ordenar o crescimento sócio-econômico, tornar um Estado mais presente, visando reduzir os impactos ambientais e as desigualdades sociais.
VALORES
Defender a ética e os princípios morais. Garantir os direitos dos cidadãos, obedecerem às leis, respeitar a cultura, religião, raça, idioma, cor e os bons costumes do povo.
Meu blog abre espaço para Promover um debate ético, sem a propagação da ignorância e do terror institucional promovido pelos plantonistas do Estado do Pará que já estão discursando absurdos, apostando na velha manipulação ideológica das massas.
Só tem medo da mudança que está preso ao passado glorioso da Província do Grão Pará, ou ao fisiologismo partidário que vive no presente, o faz de conta que temos e somos...
Aqui lanço o desafio: olhe para o Futuro e perceba que ele trará mudanças institucionais no jogo de Poder como um todo, ampliando na forma constitucional o Judiciário, o Legislativo e o Executivo nas áreas geopolíticas que serão reestruturadas com a votação favorável da Divisão do Estado do Pará.
E o mais importante! Esta mudança possibilitará uma avalanche de Concursos Públicos em todas as áreas do conhecimento e da infra-estruturar do Estado Brasileiro, de acordo com a Constituição Federal Brasileira de 1988.
Imagine a região atual do Estado do Pará com Três Universidades Federais e Três Estaduais, além de Justiça Estadual, Federal e seu amplo poder previsto na constituição, além de Três Secretarias de Saúde e Três de Educação e de Obras sociais e desenvolvimento da infra-estrutura urbana das novas capitais e muito mais...
É Importante lembrar, que Governador, Senadores e Deputados terão que residir no Estado que foram eleitos. Isso tudo significa desenvolvimento na qualidade de vida e o resgate da dignidade social diante dos demais estados brasileiros. Estes sim têm que torcer para que a reestruturação geopolítica não aconteça, pois serão afetados quanto ao orçamento da união, mas NÓS só temos a ganhar...
Diga sim a reestruturação geopolítica do Estado do Pará, pois dividir é o melhor caminho para ampliar os direitos básicos de um povo tão sofrido e estatisticamente atrasado em relação aos demais estados.
O Estado do Pará próspero virá com a mudança geopolítica.
Aguardem o próximo: Vamos falar dos vários fatores que são favoráveis a reestruturação geopolítica deste território, sobre o ponto de vista social e de mudança na qualidade de vida das pessoas que aqui moram.
Professor e Psicólogo - Mauri Gaspar.
Referência: www.estadodotapajos.com.br

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Ser Pai

é estar diante do filho para acompanhar seu amadurecimento psicológico e social,
apresentando valores que possam ajudá-lo a ver o mundo como um lugar de ternura,
onde o bem, esteja presente na relação com o outro,
orientando sua educação quanto o respeito ao próximo;
permitindo um diálogo franco, honesto,
onde a verdade seja a virtude maior desse encontro;
não permitindo o receio da expressão verbal e emocional;
ensinando que a vida enquanto rosa, tem um belo perfume,
porém ao ter espinho, precisa ser cuidadosamente tratada,
observando, que com o tempo, suas pétalas vão murchando,
indicando a necessidade de cuidado até o último momento,
pois o belo externo, será vencido pelo tempo,
mas a lembrança mental,
será sempre vitalizada pelo perfume do encontro,
que o tempo não apaga e nem apagará,
em função de que a genética afetiva,
faz o filho beber o nutriente de um amor,
que jamais será substituído,
conduzindo a um horizonte,
refletindo o olhar da paixão permitida pelo encontro,
onde um subjetivo está repleto de lembranças,
que revela não apenas o passado,
mas a lembrança sentida no presente,
e seu significado no futuro,
deslumbrando um momento de prazer,
que o tempo não se destina a apagar,
visto este, existir no passado, no presente e no futuro,
e desta forma dimensiona sua condição real,
de ser chamado tempo.
O tempo tem a paisagem da mente humana,
arquivado pela sabedoria, busca realizar sonhos.
Assim, o filho emite comportamentos,
na estrada de sua realidade sócio afetiva,
analisando as conseqüências
que terão na quilometragem de seu viver,
em função de que o tempo é o senhor da vida,
embasando a pilastra de sentimento entre Pai e filho,
possibilitando assim, a evolução de uma saúde mental saudável,
que nasceu em uma data genética,
e que se renova na lembrança da existência do amor eterno.


Filho,


TE AMO...

Mauri Gaspar.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Suicídio, Depressão, Família e Relações Interpessoais

A Organização Mundial de Saúde estima que um milhão de pessoas cometem suicídio Anual,ou seja, aproximadamente 2740 pessoas por dia no universo. Dados da Estimativa da OMS, ainda de 2002 revelam números assustadores quanto ao avanço das doenças Neurológicas,

Psiquiátricas e Psicológicas afirmando que 154 milhões de pessoas sofrem de Depressão; e mais 15 milhões sofrem de transtornos causados pelo uso de bebida alcoólica e outras drogas, lembre-se, esses dados são de 2002.

O Brasill está entre os dez países do mundo no ranking do suicídio, cerca de 8.000 casos por ano. Vamos conversar sobre esta patologia associada a outras doenças que podem agravar esta estatística, contribuindo para sua manifestação que resulta em tristeza familiar e social.

Porém é importante acrescentar que muitas mortes não são registradas como suicídio, além de não se ter de forma precisa dados estatísticos de tentativas infrutíferas de auto extermínio, que, segundo estima a OMS podem estar na esfera de 20 vezes superiores aos casos consumados.

Aqui vale citar que o Sistema de Saúde Brasileiro, o chamado SUS, aquele que todos pagamos através de inúmeros impostos, ocupa a 125ª posição no ranking internacional de bom desempenho dos sistemas públicos de saúde.

Estamos na UTI institucional chamada Saúde, visto que nossa péssima colocação nos reporta aos níveis inferiores de países como El Salvador, que ocupa a 115ª posição.

Só para citar alguns dos melhores países em assistência a Saúde no mundo, está: França, Itália, Singapura, Espanha, Áustria e Japão. (World Health Report (2000) Organização Mundial de Saúde, p. 153).

No Brasil, segundo o psiquiatra Carlos Felipe Almeida, coordenador das Diretrizes Nacionais de Prevenção do Suicídio, isto mesmo, existe este cargo no Ministério da Saúde. Este profissional avalia que também existem diferenças entre regiões quando se fala em suicídio, faixa etária, gênero e até etnias no Brasil: "Há lugares que têm mais fatores de risco ao suicídio, como o uso abusivo de álcool e drogas. Em contrapartida, há outros que têm mais fatores de proteção, como qualidade de vida".

Em relação aos indígenas, Almeida diz que em todas as etnias, as taxas são altas, o que eleva os índices nos locais onde vivem essas populações. "A taxa em Dourados, no Mato Grosso do Sul, é elevada por causa da mortalidade entre os Guarani-Kaiowá".

Segundo Carlos Almeida, o que acontece, por exemplo, em Macapá, dados de 2004 do Ministério da Saúde, revelam que esse estado lidera o ranking de mortalidade por suicídio masculino entre as capitais: 13,6 mortes a cada 100 mil homens. E justifica: "Como no Amapá cerca de 70% da população vive na capital, é natural que lá o índice seja maior que entre outras cidades do estado”. Porém o mesmo Ministério da Saúde revela que no Rio Grande do Sul, levantamento realizado em 2004, ou seja, no mesmo período, que esse estado apresenta a maior mortalidade masculina por suicídio do país: 16,6 mortes a cada 100 mil homens. Em último lugar está o estado do Maranhão, com 2,3 mortes a cada 100 mil homens.

Em relação às mulheres, Mato Grosso do Sul ocupa o primeiro lugar, com taxa de 4,2 mortes a cada 100 mil mulheres. Em último lugar estava o Rio Grande do Norte, com mortalidade de 0,6 a cada 100 mil mulheres.

Em 2004 a média nacional era de 4,5 mortes por 100 mil habitantes, de acordo com um estudo feito pelo Ministério da Saúde, em parceria com universidades públicas e privadas, sem informar quais são estas universidades.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Japão, a média é de 25 mortes por 100 mil habitantes, enquanto que em países como Espanha, Itália, Irlanda, Egito e Holanda, é de menos de dez mortes a cada 100 mil habitantes.

O suicídio está entre as três principais causas de morte em idades entre os 15 e os 34 anos. Em alguns países da Ásia e Europa, o suicídio ocupa as primeiras e segundas posições entre as principais causas de morte para ambos os sexos.

Observe como é complexa a questão do suicídio, quando comparada as principias causas de morte na China e Europa:

China:

1ª - Suicídio;

2ª - Acidentes de veículos motorizados;

3ª - Câncer.

Europa:

1ª - Acidentes de Tráfego;

2ª - Suicídio;

3ª - Câncer.

Porém, "quando comparamos a média brasileira à de outros países, pode parecer que não há problema", diz o coordenador do Núcleo de Intervenção em Crise e de Prevenção Suicídio da Universidade de Brasília (UnB), Marcelo Tavares. "Por localidades, no entanto, existem muitas diferenças, e há lugares em que as taxas são comparadas à gravidade de outros países".

Apesar desta confusão de dados estatísticos, o técnico do Ministério da Saúde tenta explicar a necessidade dos números, que mesmos imprecisos objetivam segundo Almeida: “... ser levado em consideração para que se possam organizar políticas de intervenção e prevenção ao suicídio".

Realmente tudo no Brasil é muito difícil, até apresentar dados estatísticos do mesmo Ministério da Saúde, isto o torna um Ministério de Dados SUS-peitos, pois estamos apresentando números de 2004, visto que a política pública para ser tratada de forma precisa, necessita primeiro que seus números sejam atuais e assim se compartilhem com a sociedade, dados com consistência científica para que a população possa saber das reais condições dessa patologia em nosso país.

Mas como diz Boris Casoy: “Isso é uma vergonha”!

Não há uma explicação conclusiva e nem convincente para essas taxas, visto o suicídio ser um fenômeno pessoal e social, ou seja, há uma combinação de fatores biológicos, psicológicos, psiquiátricos, sociais, econômicos e ambientais que podem estimular uma pessoa a tirar a própria vida. Porém buscar estudar esse fenômeno e nos preocupar com o mesmo, tem sido um grande desafio para os estudiosos do comportamento humano, visto que todos nós, durante nossa existência, iremos encontrar famílias acometidas por traumas, em função de um ente querido ter tirado sua própria vida, diante de um ato de fuga de contato extremado e sem uma explicação maior, pois a vida é o único bem comum ao ser humano, e diante dessa consciência, somos o regente de nossa orquestra chamada vida, embalados por sentimentos e valores sociais, que no compasso da angustia de viver, causam efeitos dialéticos e expressa o empírico do ser a convicção de nossa própria morte.

Sabemos do vasto avanço do uso de drogas ilícitas em nossa sociedade, e como me disse recente um amigo policial: “o tráfico tomou conta das cidades brasileiras”. Mas nossas autoridades estão querendo discutir altos investimentos para a copa do mundo, trem bala entre Campinas-Sp e Rio de Janeiro, Rj, e assim se constrói uma nação em que o maior marketing político é o velho pão e circo. Ou seja, comida e diversão, sem necessariamente se discutir qualidade de vida, assistência integral e real a saúde da população brasileira.

Para aprofundar a discussão sobre o Suicídio, temos que analisar a associação entre depressão, alcoolismo e impulsividade, sendo estes alguns dos fatores que podem ajudar na perversa estatística da patologia.

A depressão é um transtorno mental, que atinge a pessoa como um todo. Famílias com histórico de depressão tendem a manifestar um sentimento de menos valia por seus filhos, possibilitando o agravamento maturacional da personalidade, expondo ao risco patológico. Nesse sentido se faz necessário uma ação terapêutica de medicação e psicoterapia, objetivando combater a depressão e assim impedir o impulso suicida.

O alcoolismo é uma patologia que pode chegar a elevar o risco de suicídio, visto sua impulsividade ser severa, contribuindo para o agravamento da patologia.

O traço comum a essas duas patologias está na impulsividade que se caracteriza como uma disposição a reações rápidas e não planejadas, motivadas por estímulos internos ou externos, que ocorrem sem a devida atenção quanto à conseqüências negativas futuras para o indivíduo ou para os outros e seus familiares. O que torna a impulsividade patológica é exatamente a incapacidade sistemática de resistir a ela, ou seja, evitar que o comportamento venha a ocorrer novamente.

A força e a natureza dos impulsos suicidas não são mais que um dos fatores que determinam se um indivíduo tentará ou não o suicídio. Algumas pessoas desenvolvem forte aversão ao assassinato de outra pessoa, bem como sua imagem narcisista reflete uma consciência em ser contra o suicídio. Porém quando as pessoas estão diante de maiores dificuldades existenciais, ou enfrentando vergonhas públicas, ou ainda período de perda de ente querido, que por ventura tenha se suicidado, ou subitamente veio a falecer, estes fatores podem gerar um rompimento com os valores estabelecidos anteriormente em sua personalidade, possibilitando o devaneio e impulso em buscar da morte, o que no sentido Freudiano, seria a vitória de Thanatos, Deus da Morte, sobre Eros, o Deus do Amor.

Diante dessa complexidade que significa discutir o Suicídio vamos avaliar não as teorias das suas possíveis causas, mesmo as citadas por Émile Durkheim, em seu necessário livro Suicídio, mas sim propor uma reflexão que nasça da análise do discurso da sociedade atual, que se propaga como sendo capaz de universalizar a busca da qualidade de vida, potencializando a chamada era do conhecimento e da comunicação, onde é ofertado um mundo on-line, disponibilizando salas de bate-papo e redes sociais, que estão disponíveis para grande parte das nações, inclusive a japonesa, que possui uma das melhores rendas per-capta do mundo, interligando o homem diante do computador, com o celular que também permite acessar a internet, possibilitando um tempo real de comunicação universal, sem fronteiras e sem aprisionamento ideológico.

Todos já ouvimos isso em todas as formas de propagação, e recentemente observamos que as chamadas redes sociais, serviram de instrumento de clamor social e convocação de ações para a queda até de ditadores, como os países árabes acabam de nos presentear com esse belo exemplo em saber usar a tecnologia. Porém o que mantém esse alto índice de suicídio, se podemos até marcar com várias pessoas em uma praça pública para troca de abraços?

Oba, falei abraço!

Vamos analisar empiricamente esta ação, de marcar em praça pública o Dia do Abraço, o Dia do Amigo e assim esses dias que na internet falam da necessidade do calor e atenção humana. Este fato parace ser um sintoma universal de falta, pois se as pessoas tivessem esse comportamento em seu cotidiano, não necessitariam marcar um lugar para conseguir viver esse momento básico e mágico da vida.

E o que está acontecendo conosco? Somos abraçados? Abraçamos alguém hoje?

Mas eu tenho tantos bens materias que agora já posso até dizer que Deus me deu, pois ter fé para algumas pessoas é receber algo material de Deus. Vejo adesivo de carro com a frase: Presente de Deus. Ter carro significa uma ação de Deus em minha vida? E os que não tem carro, estão distantes de Deus, aqui vale lembrar que Jesus não se escreve com $, pois ele não tinha nem um burro para se locomover.

Assim pergunto!

Onde está o valor da vida?

Deus nos concedeu a Vida, não existe nada melhor do que saber viver. Esse é o único e maior patrimônio, porém algumas pessoas optam em materializar a vida e desta forma somos calvinistas de nós mesmos, sendo predestinados a ter e não a ser. Logo, a felicidade passa a ser o que eu e você temos, e não o que eu e você somos, ou seja, o ter assume o horizonte da felicidade, todos em busca do ter, e assim criamos a etiqueta da sociedade material, em detrimento do ser homem e feliz diante da dificuldade de viver.

Como será que está o contato com os nossos familiares, nossas amizades, nossa comunidade, nosso bairro, nossa sociedade? Será que teremos sempre que lembrar as pessoas de que existe o dia do abraço e do amigo e assim por diante. E o que fazer com esta falta de calor humano, que pode estar patrocinando essa onda de suicídio, vamos continuar convocando pessoas através do uso da tecnologia para que possamos nos encontrar na praça, no orkut, no facebook, no twitter, no msn...

O suicídio está aí, como disse anteriormente, preocupante e desafiador, pois essa patologia faz parte de todas as sociedades, significa que está presente no meu bairro, na minha comunidade, na minhas amizades e podendo se fazer presente em minha família.

Fica claro que não podemos viver sem abraçar e isso tem que estar vinculado a família, pois nada substitui os braços que abraçam e formalizam a genética da vida.

Os pais são os elementos da construção da estima e valorização dos filhos, não podem perder esse referência, visto que o sofrimento provido da falta de atenção, amor e respeito familiar são fortes indicadores de sentimentos de depreciação da prórpia pessoa.

Sem amor eu nada seria, já cantava Renato Russo.

O Amor se apresenta diante da vida como uma vitamina genética-afetiva, produzindo uma cascata de prazer hormonal, possibilitando uma ampliação saudável na rede de neurotransmissores, causando uma sensação de bem estar que nos reporta ao estado do bem de viver.

Quando da ausência do amor genético-afetivo, a vida revela um pesar emocional onde se faz necessário produzir medicação antidepressiva como Prozac, Paxil, Zoloft, Luvox, entre tantos outros, que diante da ausência originárias dos afetos familiares existenciais, benéficos do amor, são capazes de trazer de volta o equilíbrio químico cerebral diante de um quadro depressivo e assim ajudam a recomeçar e planejar a vida, podendo também evitar o suicídio. Porém esses comprimidos químicos não libertam a angústia causada pela falta da valorização familiar, que no sentido mais amplo passa pelo amor de pai e mãe, bem como da referência afetiva com os irmãos, tios, avós, etc.

Algumas relações familiares conflitivas são estimulativas à prática da violência entre seus membros, permitindo um jogo de culpa que faz tanto mal, como já cantava Gonzaguinha.

Quando os pais perdem o horizonte de educar, como referência de respeito aos filhos, esses por sua vez usam do mesmo exemplo em suas relações interpessoais com os irmãos chegando a valorizar mais as pessoas de fora do ambiente familiar, causando o abandono genético-afetivo, disseminando um individualismo capaz de olhar o mundo sem ver o interesse de mais ninguém, apenas o seu próprio, pois aprendeu que viver é igual a sobreviver, não importando por isso o sentimento do outro, mesmo que esse seja da família.

O suicídio é uma prática universal, assim como o amor é um sentimento universal, porém estima-se que diante das dificuldades da vida, os que têm maiores capacidades de superação tem algo importante a realizar em seu futuro. Lembre dos atletas que desafiam os limites da dor física em competições universais, eles sempre atribuem suas vitórias às pessoas que são seu ente querido, que por algum motivo não estão na presença, mas não deixa de estar presente no sentimento e na emoção da pessoa do atleta, que sem essa motivação subjetiva presente no momento da competição, sua vida ficaria um eterno abismo no horizonte da vitória.

Não podemos permitir que ainda se entenda que o homem é um ser apenas racional, pois Frejat na música Segredos canta: “procuro um amor que seja bom pra mim..., Eu procuro um amor, uma razão para viver”...ou seja um sentimento que me faça viver. Quantas pessoas você imagina que estão em busca desse momento em suas vidas?

É preciso eliminar a ideologia de que o homem possui um armário que possa guardar seus problemas, bem como precisamos fugir do formalismo técnico e a robotizaçao das relações interpessoais, sendo necessário aquecer o abraço da solidariedade e humanização das relações interpessoais nas instituições como um todo, somos frágeis e ao estarmos distantes de nossa natureza maior que é amar, corremos o risco de suicidar pela falta.

Com isto, temos que avaliar esses expressivos números de Suicídios no Brasil e no Mundo como algo muito desafiador no sentido de tomarmos medidas familiares e sociais capazes de encontrar uma condição de reduzir esse agravo provocado por questões gerais, como: pelos chamados transtornos neuropsiquiátricos, bem como avançar em estudos psicológicos objetivando oferecer tratamento que possam despertar o interesse em mudança de vida e valorização das pessoas diante dos afetos humanos, possibilitando também um maior aumento em investimento científico sem deixar de dar a atenção devida à genética-afetiva.

Mauri Gaspar

Psicólogo e Professor

Bibliografia

ANDREASEN, Nancy C. Admirável cérebro novo: Vencendo a doença mental na era do Genoma. Artimed, Porto Alegre/2005.

CORDIOLI, Aristides Volpato e colaboradores. Psicoterapias: abordagens atuais. 3ª edição, artimed, Porto Alegre/2008.

MACKINNON , Roger A. e MICHELS, Robert. A entrevista psiquiátrica na prática diária. 3ª edição, artes médicas, Porto Alegre/1987.

As fotografias fazem parte do acervo pessoal de obras de artes.

www.saude.gov.br