Vivemos uma pandemia que nos faz pensar
nossas atitudes de Ser Social. Nossa sociedade que se propôs a ver a
felicidade pela paisagem que no horizonte cultuava o consumo da extrema luxúria.
Todos nós queríamos cada vez mais e por isso achamos “natural” acelerarmos o
consumo como forma de bem-estar, criamos créditos para promover endividamentos econômicos
coletivos, visto que poderíamos comprar um automóvel em cinco anos de cooperação
mensal ao banco financiador.
E assim, de forma voluntária ou involuntária passamos
a assistir a destruição do meio ambiente e colocando em evidência uma certa concordância
mundial, então aceleramos as queimadas, poluímos os mares desprezando os
recifes oceânicos, tudo se tornou descartável, até os relacionamentos humanos
passaram a ser um quem sabe, talvez, até amanhã, ficou não ficou, até mais
logo, ainda estou, não sei até quando, etc...
Com o advento do Coronavírus (Covid-19), voltamos para o Hic et nunc uma
expressão latina que
significa literalmente "aqui e agora". Porém vivemos essa filosofia
sem o imediatismo idealista e singular, visto que estamos mais conscientes de que cada atitude nossa
será decisiva para o momento seguinte de nossa família e sociedade no viver do
aqui e agora.
Percebemos que estamos preocupados com nossos
próximos segundos, minutos e horas, mas devemos entender que atacar
instituições democráticas ou agredir quem possamos imaginar como culpados, não
irá mudar em nada a realidade que temos que viver e enfrentar com serenidade e
responsabilidade de todos. Logo, devemos seguir sem extremos alarmes, pois
honestamente, nenhum de nós sabe nada sobre tudo que ainda haveremos de passar.
Criar um quadro negativista e aterrorizante diante desse desafio em nossa
sociedade, deverá contribuir apenas para gerar inúmeras faces de desesperos,
podendo causar um amplo desequilíbrio psíquico em inúmeras FAMÍLIAS, o que
agravará ainda mais as demandas de atendimento das equipes de saúde plantonista
em nosso país e no mundo.
Nesse momento, é necessário buscarmos a
ternura de nossos filhos e familiares presentes ou distantes para que possamos
refletir como a vida é bela e cheia de situações positivas.
Sugiro que você possa fazer o exercício de fechar
os olhos agora, mergulhar e encontrar no íntimo de sua alma e consciência, os
filmes de alegrias e dificuldades que você já enfrentou para chegar até essa
presente data.
Hoje estamos no aqui e agora para ampliarmos
nossa percepção do quanto ainda somos aprendizes de um mundo em constante
mutação, e que o fato de eu e você estarmos na fronteira de nossas vidas, isso
não me impossibilita ser feliz, visto que o otimismo deve ampliar nossa percepção
do mundo no qual fazemos literalmente parte da construção do todo, e assim não
podemos esquecer que nossos valores são os estandartes que nos permitem produzir e viver nossos relacionamentos
afetivos, visto que o afeto é o grande impulsionador de nossas vidas diárias,
motor da vida, sendo sua principal inspiração para o tão buscado equilíbrio
bio-psico-social-espiritual do Homem como um todo.
Nossa esperança nesse momento deve se voltar
para o amparo do colo Divino, e que tenhamos com sua benção o mais rápido retorno
de nossa saúde coletiva, assim sendo, possamos posteriormente estar narrando
uma história repleta de superações, onde os obstáculos foram expurgados pela
força de nossa fé, através de lágrimas, ternuras, responsabilidade e sensibilidade
para com o próximo, e que nossas futuras fotografias não revelem apenas o apego
vazio da luxúria do comprar como ostentação social, mas que nos permitam
revelar aos demais membros de nossas famílias a importância de viver em
sociedade e o quanto aprendemos como essencial olharmos pessoas sorrindo sem o
receio de demonstrar os motivos das suas felicidades.
Nossas famílias são nossos alicerces
afetivos, por isso vamos prosseguir caminhando com solidariedade ao próximo, respeito a toda forma de vida e, principalmente, valorização das pessoas que realmente fazem parte de nossa existência.
Amém....