“Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro”.
- Sigmund Freud
Observamos, atualmente, os crescentes números que envolvem Vidas Humanas através da proliferação do Covid-19 e ainda não temos como quantificar o fim dessa história narrada a partir de nossas vivências diárias, visto que, no momento possuímos muitas informações originárias dos noticiários de todas as redes de comunicações existentes no universo, bem como de nossas constantes trocas de mensagens nas diversas redes sociais que optamos por fazer parte.
Porém, sabemos que o excesso de informações não nos conforta, pelo contrário, tal situação vem ampliando as queixas na área da saúde mental, pois para muitas pessoas, essas notícias, apesar de necessárias, geram o aumento acentuado nos estados de ansiedade, medo, estresse, podendo chegar à fronteira do pânico. Isso altera significativamente as rotinas nas famílias, além de despertar ideias de suicídio, agravamentos depressivos, insônias, pesadelos, bem como o aumento nas situações das clínicas médicas específicas, tais como: gastrites, úlceras, cardiopatias, hipertensão arterial, doenças pulmonares e inúmeras outras patologias de origens psicossomáticas.

Portanto, no aqui e agora, penso que todos estão conscientes dos riscos da vida presente em cada um de nós, e isso, por si só, tem nos gerado um estado de responsabilidade humana necessário para nosso equilíbrio mental, interferindo em nossa visão de ser humano e humanização. Em função dessa situação atual, onde a incerteza faz fronteira com a esperança, nada mais será como antes, depois desse mar de aprendizado individual e social, onde os sentimentos expressos ou os silêncios temporais continuam sendo o fator de moradia do Homem e de seu alicerce singular.
Agora, a solidariedade, que andava distante no dia-a-dia, retorna ao debate social, dando lugar a uma atitude de cidadania e respeito à vida humana, onde eu, solidário, ajudo e sou ajudado por outras pessoas, visando também a minha autopreservação. Não sei se tenho outra escolha, porém tenho a certeza de que o status social, os títulos, a posse de bens materiais, o egoísmo, a vaidade e o poder ficarão para outro momento existencial. No aqui e agora, eu, singular, percebo minha consciência de ocupar o território social em sua plenitude e, ao mesmo tempo, descubro que minhas atitudes positivas e caridosas demonstram
o múltiplo ser de influência otimista na humanidade.

Assim, faço um convite para que abandonemos nossas crises narcisistas e egoístas para que possamos arejar nossos pensamentos, renovando nossos sentimentos, fortalecendo nosso eu interior e assim possamos combater as fobias, ansiedades, depressões, pânicos, medos e outros transtornos mentais. Precisamos ter consciência que somos capazes de reparar nossos erros, mergulhar no autoconhecimento e reencontrar nossas virtudes, qualidades e características pessoais, além de analisarmos nossas dificuldades em compreender e tolerar outras pessoas com quem temos rejeição ou, até mesmo, dificuldades de convivência. Elas fazem parte do grande aprendizado chamado vida humana.
Pense e analise! As paixões que nos abraçam, estão no entrelaço de nossos braços, presentes nas memórias de nossa alma e jamais serão separadas de nós...
Para esse momento singular e difícil, solicito que você não se abandone na tormenta no aqui e agora, mas se abrace, sorria para você, pois você merece seu perdão, sua ternura e seu amor...
Vamos, temos muito que aprender e melhorar nossa forma de viver!
Todos nós, contamos com VOCÊ!