quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Einstein, Psicologia e Psicanálise!


Princípio de Einstein: Desconfiar de tudo que não possa estar diante da consciência. Para ele o homem comum pensa que quanto mais ele se aguçar em seu esforço mental, mais próximo estará da verdade.
Assim esse homem atua com o ego-pensante, ou seja, aquilo que se defini a partir da análise própria, e dessa maneira se abstém de interceder o questionamento profundo de um cosmo-pensante, o que implicaria em uma forte ruptura com o paradigma mental de que a análise em si conduz a resposta, e não a universalidade do questionamento diante do cosmo-pensante e sua aplicabilidade no contexto da realidade. Concluindo, esse homem atua com o ego-pensante e não como o cosmo-pensante.
O diferencial é que o cosmo-pensante possibilita ao homem seu deslocamento através de mecanismos reais, incorporados por situações físicas disponíveis no ambiente, no universo, ao passo que o ego-pensante atua diante da limitação do desejo de algo em sua natureza de pensar. Para Einstein a verdade está na compreensão entre o campo físico e o psicológico, onde o pensar necessita de algo que diante da estrutura física possa dimensioná-lo, enquanto o real da pessoa está na relação social e presente no contato com o cosmo. Logo, o conhecimento produzido pelo homem, tem consigo uma necessidade de referência a partir da intuição como uma visão que revela o que está dentro, e busca se propagar para o mundo de fora de forma direta e ao mesmo tempo interna, pois seu questionamento expande sua percepção, visando estabelecer algo como compreensivo.
Einstein vivia entre a intuição cósmica e o talento intuitivo, revelando que mesmo pensando 99 vezes, só encontrava a verdade ao silenciar. Aliás Thomas Edson, dizia “Eu necessito de 90% de transpiração para ter 10% de intuição". Nesse sentido, entende-se por transpiração, o esforço intelectual analítico. O talento humano opera na zona do ego-consciente do aquém, e o gênio é invadido pelo cosmo-consciente do além.
Perceba a história evolutiva do pensamento de Einstein, que aos 26 anos na Politécnica de Zurique, lançou ao papel uma fórmula que mudaria toda estrutura do conhecimento científico, ou seja, E=mc², a partir daí a era atômica estava declarada enquanto proposta de conhecimento e evolução científica, mudando radicalmente o paradigma da compreensão da energia no universo. Para chegar à verdade, a partir desse momento estabelecido, ele ficou em solidão por um bom período mensal de gestação intelectual. Logo faz-se necessário avaliar sua tese, de que o tempo de análise e intuição estão em movimento, porém a análise é revelada pelo ego-pensante e a intuição é resultado do cosmo-pensante.
Para Einstein, o Talento é ego-pensante e o gênio cosmo-pensante. Grandes cientistas, poetas, escritores, músicos considerados Gênios, "recebem do além", ou seja, olham além do seu horizonte e assim conseguem criar coisas e situações que serão utilizadas para muito além de seu tempo, com séculos de referência de suas obras e de seus horizontes no momento da descoberta ou criação, em todas as dimensões da razão com o cosmo da infinitude.
Para Einstein o Talento quando deriva da intelectualidade, não se abre aos canais que possibilitam a invasão do universo, enquanto na alma do cosmos, o Gênio possibilita a construção de condutores idôneos para o influxo das águas da fonte cósmica.
Logo a principal característica de todo Gênio é o ser Humilde, esse traço de personalidade se desenvolve em função de reconhecer que todo o processo de seu trabalho, discurso ou pesquisa está diretamente relacionado a uma grandeza cósmica que permite pensar, fazer e criar, porém se constitui em algo tão maior que seu conhecimento em si, levando o Gênio a reconhecer que ele não é a fonte plena, mas sim um canal que permite a partir do vazio revelar a plenitude provida do cosmos.
Ao contemplar essa verdade, o ser humano Gênio não se orgulha do que faz, pois reconhece que todo seu conhecimento está em possibilidade sempre inferior a força geradora de seu questionamento ou descoberta cósmica. Sua parturição telúrica revela essa verdade.
O Gênio pode sentir-se envergonhado de poder revelar apenas uma pequena parte de todo o contexto do que está aprendendo e ensinando, ao transparecer algo que se considera um viés de novo horizonte científico ou cultural para o qual sente que muito ainda se necessita fazer em prol de conhecer a verdade.
Quando uma pessoa se envaidece da prole de seu conhecimento, está apenas revelando seu traço de Talentoso, porém não pode ser considerado um Gênio, visto que a vaidade provida desse conhecimento deverá ofuscar seu expressivo campo ainda a ser investigado e interrogado, limitando o conhecimento revelado e possibilitando sua fugacidade como esquiva da vivacidade intelectual.
Outro aspecto importante na compreensão de Einstein é que o período gestacional de uma profunda descoberta, permite o pesquisador se isolar enquanto condição de aprofundamento de sua tese. Assim o silêncio e a solidão são nutrientes capazes de facilitar o contato com o cosmos-pensante, abrindo caminho para o diálogo do silêncio e da solidão como companhia da pesquisa ou do questionamento original.
A solidão se sente acompanhada do propósito da pesquisa, e o silêncio revela a linguagem temática da pesquisa, ou seja, os caminhos obscuros em busca do conhecimento.
Logo as convenções sociais não são importantes e nem essenciais para os Gênios, são apenas convenções, sem interferência direta sobre suas vidas.
Einstein foi assim, solitário e silencioso, mas outros Gênios da humanidade também viveram dessa forma. Você pode começar a lembrar seus nomes, coloque agora em seu cosmo-pensante para instrumentalizar essa verdade que você deseja revelar a partir do conhecimento que possui sobre os Gênios da humanidade.
Para Einstein, um dos maiores favores que uma pessoa podia fazer para com ele, era não usar da linguagem verbal ou escrita, ainda mais quando o assunto fugia de sua prole gestacional de pesquisa e conhecimento, força de seu interesse. Diante dessa riqueza expressiva da personalidades dos Gênios, revelada agora, vamos então imaginar o encontro de Einstein e Sigmund Freud. Quem perguntou a quem? O que gerou a necessidade dessa pergunta? Que propósito real Einstein teve em sua obra para conversar com Freud? E que propósito teve Sigmund Freud para conversar com Einstein? Os Gênios são assim, complexos, mas interessantes, por isso, eternos.
Acredito que o ego-pensante possibilitou ao chegar na consciência de que ambos deveriam se encontrar e durante um tempo de suas vidas intelectuais, estar diante de si, através do outro, e questionar o ser humano e a relação com a questão cósmica, ou ao contrário, questionar a questão cósmica e o ser humano...
Assim o cosmo-pensante revelou o que a partir desse encontro, entre esses dois seres diferentes em suas pesquisas, porém próximo quanto a inquietude temática do homem diante do universo, ou como gostava Einstein, do cosmo, com todas as letras pode ser chamado de um encontro extremamente GENIAL para a humanidade, visto que humanidade tem haver com cosmos, que por sua vez é formada a partir de partículas de ego-pensante, reservando uma intuição cosmo-pensante.
Enfim, Einstein e Freud são revelações de Genialidades do Homem diante do cosmos, e essas revelações estão nos questionamentos deixados por ambos, visando não eternizar suas obras, pois se assim desejassem não seriam Gênios, e sim humanos Talentosos, embebecidos da vaidades de seus conhecimentos de suas obras. Para eles, suas obras estão prontas para serem questionadas e aperfeiçoadas, convidando comunidades cientificas a expandir suas pesquisas e possibilitar o desenvolvimento das mesmas por gerações e gerações de humanos dispostos a aprofundar suas verdades absolutas ou relativas, mas para ambos tudo é relativo, até a força do ego-pensante e do cosmo-pensante.
Tanto Albert Einstein, como Sigmund Freud, revelavam a certeza na ciência que busca desvendar os fatos. Para ambos a religião revela os valores morais da vida humana, esse paralelo entre Ciência e Religião precisa ser amplamente compreendido para que os Gênios possam continuar trabalhando e existindo, sem as amarras dos falsos valores mercantilistas e promíscuos éticos que buscam se contrapor ao legado do conhecimento científico.
A Ciência gera Produto Interno Bruto, produz riqueza e desenvolve a qualidade de compreensão do homem em sua vida social. Logo, é melhor permitir a expressão de Gênios em uma sociedade, do que apenas pessoas talentosas, pois a variação de grau determina a consequência da natureza do conhecimento.
Em Einstein e Freud, são dois Gênios em que encontramos algumas características comuns, citaremos apenas quatro traços de semelhanças em suas vidas. Primeiro característica:  ambos Judeus;
Segunda característica: os dois Gênios foram incompreendidos em seu tempo;
Terceira característica: ambos foram perseguidos por forças de seus conhecimentos, visto que  manifestavam expressivas mudanças na compreensão do homem diante do universo.
Está na hora de permitirmos o surgimento dos novos Gênios, sendo pessoas privilegiadas por estudos que colocam a ciência no centro do debate, como motor de expansão do cosmos, e aqui surge a quarta característica de Einstein e Freud: ambos foram professores em universidades,  sendo Einstein professor na Universidade de Princeton, ano de 1945/6, e ainda hoje uma das dez melhores universidades do mundo, e Freud professor na Universidade de Viena na Áustria, fundada em 12 de março de 1365, dispensa comentários...
Aqui vale analisar que o respeito a esses Gênios não veio por acaso, foi preciso muito enfrentamento e debate cientifico visto que os colegas acadêmicos de Einstein chegavam a dizer que apenas meia dúzia de homens seriam capazes de entender a Teoria da Relatividade.
Com Freud não foi diferente, ele foi perseguido e ridicularizado por médicos que refutavam seus métodos de pesquisa e ainda hoje lutam para neutralizar todo o seu conhecimento, visto que na área médica alguns ainda hoje pensam que falar é sinalizar sintomas, mas não tem efeito curativo nenhum, pois alguns propagam a era da medicalização do sofrimento mental que por sua vez permeia o horizonte da dor entre o cérebro e o corpo, não podendo admitir a existência de fenômenos psicológicos traumáticos capazes de neutralizar o bem estar da saúde mental vivido por um ser humano m uma determinada fase de sua existência.
Para  eu sair do presente texto, volto para a questão inicial, com você.
Onde está o ego-pensante e o cosmo-pensante em você agora?
Como você estabelece sua verdade?
Qual compreensão de sua vida diante de suas verdades?
Aqui preciso dizer que Einstein em minha análise foi feliz, pois estudou o que ele se determinou e também viveu contemplando o cosmo de sua virtude, valores e forças físicas.
Penso que Freud foi feliz e contemplativo com o estudo da alma humana, propondo ao Homem buscar conhecer suas forças inconscientes.
E você, o que te faz Feliz?
Obrigado...

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