A importância do encontro da Neurociência com a Psicologia e a Obstetrícia Médica, tem conseguido eliminar muitos mitos que norteavam o conhecimento até a metade do século XX, quanto da evolução gestacional e do relacionamento criança, mãe, familia e sociedade.
O advento de modernas técnicas de diagnóstico do pré-natal, possibilitou um estudo sistemático e mais preciso do comportamento ocorrido durante esse período, tais como a percepção dos movimentos fetais e sua idade gestacional.
Assim surgiram estudos de como a maturidade cerebral se processa enquanto evolução, e suas consequencias no desenvolvimento da vida como um todo, mudando para sempre a representação social do embrião e do feto, culminando com o nascimento e pós-nascimento, colocando de forma transparente o significando da importância do acolhimento familiar e social como um todo, visando o bem estar das funções neurológicas e mentais da criança ao nascer.
Hoje se avalia o quanto a música interfere na maturidade neuropsicológica do feto, bem como os aconselhamentos terapeuticos se dirigem ao ambiente externo, vivido pela mãe, proximidade ou não do pai, tios e demais situações sociais, como inclusive, o aumento da poluíção sonora no ambiente gestacional e sua consequencia na formação do sistema nervoso central.
Percebeu-se que o feto não é passivo ao meio que o circunda, mas extremamente relacionado com as condições sociais que o cercam.
Assim, o desenvolvimento do sistema nervoso central, revela como se dá à interação entre o meio externo e o meio intra-uterino, e os dados disponíveis indicam que os padrões de comportamento e as habilidades exibidas pelos recém-nascidos não surgem repentinamente, pois são resultados de um longo e complexo processo que somento agora os cientistas tem acesso e capacidade de afirmar, sem deixar dúvida de sua importancia para o bem estar mental da criança em formação.
O neurologista austríaco Heinz Prechte, em estudos divugados 1984, revela essa perplexidade ao afirmar que existe “impressionante continuidade de funções neurais da vida pré-natal à pós-natal”.
Visando dar sustentabilidade a tal afirmativa, pesquisas atuais apontam que a partir da 24ª semana o feto esta atento e responde de forma particular a estimulos sonoros. Por exemplo, sons fortes, provocam respostas nos olhos, movimentos de sobressalto, aceleração do ritmo cardíaco, já os sons de menores proporções, diminuem o rítmos cardiácos.
Acredita-se que entre 36 e 39 semanas a criança no ventre, seja capaz de discernir a voz feminina da masculina, levando à conclusão de que a mesma ao nascer já está apta à reconhecer a voz materna.
Esses conhecimentos e muitos outros, ainda na fase embrionária, são oriundo da Neurociência, uma área em franca expansão do conhecimento médico científico atual, que muito ira contribuir, sem dúvida nenhuma, para o aperfeiçoamento das demais ciências como a Psicolologia, a Psiquiatria, hoje já estudada com a interdisciplinaridade da Neuropsiquiatria, e tantos outras áreas da medicina serão beneficiadas com os avanços desses estudos, visto ser o cerébro a residencia da vida, sua condição evolitiva, passa a ser agora um grande campo de investigação científica, onde o maior beneficiado, será o homem em busca de seu bem estar mental, contemplando com isso melhores condições de vida as gerações futuras.
Mauri Gaspar.
Psicólogo e Professor.
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